domingo, 3 de abril de 2011

Será o início do fim?!

Ontem após a primeira reunião da coordenação/apoio do FÃ CLUBE HARRY POTTER BELÉM... Nostalgia me invadiu, e lembrei-me daqueles primeiros dias lendo “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, sentada na escadaria de mármore, que levava a biblioteca da minha escola. Eu tinha apenas 11 anos, e vivia só, isolada, sofrendo pelos cantos. Naquela época mal passava pela minha cabeça a palavra bullyng, e eu só sabia que muitos dos meus colegas de turma teimavam em implicar comigo porque eu era gorda (como ainda sou). Então pra evitar aqueles típicos xingamentos, os quais eu era obrigada a ouvir inclusive dentro de casa, eu me fechava em um mundo meu, e de mais ninguém: o da leitura. Não vou mentir e dizer que Harry foi meu primeiro livro, pois estarei mentindo, eu já havia me deliciado com o intrigante mundo de Sofia, já havia voado ao lado de Fernão Capelo Gaivota, e desbravado muitos outros mundos através de leituras indicadas por uma bibliotecária maravilhosa chamada Rosa, e sua assistente Ruth. Mas digo que nenhum outro livro, nenhuma outra saga, nem mesmo meus amados livros de literatura brasileira, que venho colecionando durante estes meus quase 22 anos de leitura, conseguem ter sobre mim tamanho efeito, tamanha influência, como teve/tem Harry Potter. E isso não é algo simples de explicar. Harry Potter chegou as minhas mãos como um presente, algo sem muito objetivo, que acabou modificando a minha vida de um modo que eu jamais iria sequer calcular. Ele foi um presente, com que de brinde, ganhei amigos, e uma história de vida para contar. Ao longo dos anos me tornei quem sou e me orgulho muito daquilo que construí. Assim como Harry, eu cresci, enfrentei medos, frustrações, perdas, e ganhei verdadeiros amigos, e aprendi o que é amor, lealdade, e criei coragem para ser quem eu sou, independente do que os outros pensam. Mostrei a mim mesma, e aqueles que tanto me falaram que eu era nada, e que meus sonhos eram bobagem, que a realização de um sonho se inicia quando temos ousadia de sonhar, e que sou capaz de alcançar tudo o que desejo, se acreditar. E tudo isso, em função de palavras de apoio que encontrei ao ler a saga do menino bruxo, acreditem vocês ou não. E mesmo quando falo e explico tudo isso que acabei de falar a quem me questiona sobre essa minha paixão, muitos ainda pensam (e não são poucos!), que gostar de Harry Potter é coisa de criança. Talvez eles simplesmente se neguem a enxergar a magia que nós fãs sentimos ao nosso redor, a magia da vida, pura e simplesmente. Mundo seco e triste deve ser o mundo deles na minha opinião. Por tais motivos, falo em alto e bom som pra quem quiser ouvir, que se for assim, permanecerei com minha alma de criança intacta, pois amo e sempre amarei está saga, pois assim como foi para Melissa Anelli, também foi para mim, meu Big Bang pessoal. Sou quem sou por ter tido o prazer de conhecer e viver algo que chamo de Era HP. Pergunto-me se isso tudo seria o início do fim? Dificilmente. Fã de Harry Potter, sempre será fã, e ensinará sem a menor sombra de dúvidas a geração futura a admirar trabalho tão belo feito por JKR durante esses mais de 10 anos, nos quais crescemos e construímos nosso caráter. E para quem tem dúvidas... Estamos nos saindo muito bem, obrigada! Nesta aventura real chamada vida! Aguardem os próximos capítulos... por Thais Hamile, diretora do FCHPB.

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